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segunda-feira, 30 de maio de 2011

Propaganda para a classe C

Para começar a semana com um assunto relevante e atual, segue uma entrevista de André Torretta, diretor da A Ponte, empresa especializada em planejamento e marketing para a classe C.

Falando sobre o elitismo na publicidade e a necessidade de compreender a realidade no Brasil, tão diferente de Nova York e Londres, André Torretta defende uma nova publicidade brasileira. Confira:

Adnews: A Classe C cresce assustadoramente. As marcas e agências acompanham o ritmo para oferecê-la uma comunicação ideal?

André Torretta: Algumas estão acompanhando e outras estão se adaptando, até porque esse é um processo muito novo e rápido que está acontecendo no Brasil de hoje. Obviamente existem percalços para as empresas. E, como tudo na vida, alguns acompanham e outras vão ficar pelo meio do processo.

Adnews: Você costuma falar sobre a elitização da publicidade brasileira. Explique isso...

André Torretta: Durante muitos anos, o mercado de comunicação falava apenas com os 30 milhões de brasileiros que consumiam. Como os outros 170 milhões não consumiam, a indústria de comunicação não falava com esse cara. A ilha de Manhattan de São Paulo falava com a ilha de Manhattan de São Paulo, afinal o cara da “perifa” não tinha importância nenhuma. A indústria da comunicação foi formatada pra falar com a elite brasileira. E aí vem o susto e a necessidade de mudança. Temos que aprender a falar com o brasileiro médio.

Adnews: Essa mudança vai obrigar agências e anunciantes a saírem da zona de conforto?

André Torretta: Vai ter que ser discutido o que é uma comunicação brasileira. Não o que é o sonho de fazer uma comunicação igual à de Nova York ou igual à de Londres, mas sim fazer uma propaganda brasileira. Hoje a gente tem auto-estima suficiente de querer e gostar disso.

Adnews: Na sua visão, elas ignoram o Brasil como ele é?

André Torretta: Ignorar é uma expressão muito forte. Eu acho que elas não compreendem muito bem o Brasil porque nunca precisou. Não é questão de competência ou incompetência, mas sim de necessidade. O mercado do Centro-Oeste não era desenvolvido há 10 anos, então não vou gastar dinheiro com isso. O Nordeste era importante há 15 anos? Não. Então por que vou perder dinheiro com isso? Quando passa a ser, eu tenho que ir atrás desse conhecimento.

Adnews: Qual sua percepção sobre o tipo de abordagem à classe C. Ela é subestimada?

André Torretta: Existe uma lenda urbana no mercado que diz que propaganda pra classe C deve ser feia ou burra. Não. Propaganda pra qualquer classe social tem que ser inteligente e bonita. Outra lenda é que as pessoas não entendem direito. Elas são inteligentes com qualquer outra pessoa. Não é a classe social que diferencia a inteligência de uma pessoa e de outra. Então essas lendas atrapalham o processo, porque tem gente que acredita nisso.

Adnews: Você consegue traçar um paralelo entre o perfil de consumidores da classe C com os da A e B? Ou só o que difere é a condição financeira?

André Torretta: Todo brasileiro é igual, mas o nordestino é diferente do paulista, que é diferente do carioca. O que teremos são anseios e desejos diferentes, não melhores ou piores. Todo mundo quer um produto da Apple? Se é o melhor, por que o cara não vai querer? Tem gente que tem muito menos dinheiro, então o produto tem que ser diferenciado. É preciso fazer adequações, mas o ser humano é o ser humano tanto aqui quanto na China.

Adnews: O que você espera para essa melhor distribuição do bolo publicitário? Em quanto tempo o Nordeste vai se destacar?

André Torretta: Grandes empresas já regionalizam produtos e departamentos. E o mercado publicitário vai ter que correr atrás disso porque o bolo da decisão já está se realocando em Recife, Salvador...você aloca o processo decisório para fora do eixo Rio –SP. Isso puxa os fornecedores e temos que entender que em cinco anos nada do que foi será.

Adnews: Você é nordestino?

André Torretta: Sou de Salvador. Hoje em dia é chique ser baiano (risos). Deixamos de construir prédio pra fazer propaganda.


Fonte: Adnews

quinta-feira, 24 de março de 2011

Livros #1: Publicidade - A máquina de divulgar

Para inaugurar uma nova série de posts dedicada a Livros, aí vai um lançamento:

Na terça-feira 29/03, às 19h, o publicitário e professor universitário Milton Lara lança o livro “Publicidade - A máquina de divulgar”, pela Editora Senac São Paulo, na Fnac Paulista (Av. Paulista, 901), em São Paulo.

O livro apresenta um panorama da publicidade ao longo da história, suas mudanças de postura, críticas sofridas por parte de opositores e contribuições à sociedade. Fazendo um paralelo entre a sociedade e a publicidade ao longo do século XX, a obra se inicia com a grande mudança do eixo econômico e cultural da França para os Estados Unidos, avança pela pop art e sua mudança revolucionária no conceito de arte, introduz as novas mídias e tecnologias e a forma como a publicidade se integrou a elas para, ao final, vislumbrar caminhos e possibilidades para a propaganda no futuro.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Brasil é 1° lugar em crescimento da publicidade

Enfim um bom 1° lugar!

Segundo dados da Nielsen, o Brasil foi o país do mundo que registrou a maior alta nos gastos com publicidade no primeiro semestre deste ano: 50,2%.

 A América Latina foi a região em que a publicidade mais cresceu no período (44,5%).

O crescimento se deve ao "boom" dos países emergentes e à volta dos investimentos na publicidade de automóveis, bens de consumo duráveis e não duráveis, serviços financeiros e de telecomunicações.

Confira o ranking de investimentos por continente:


Fonte: folha.com

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Campanha brasileira inspira espanhóis

A campanha "Pela Memória e Pela Verdade" criada pela Binder Visão Estratégica para a OAB-RJ (Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro) serviu como inspiração para a RTVE, da Espanha.

No Brasil o objetivo da campanha é a abertura dos arquivos da ditadura militar para esclarecer o paradeiro dos 144 desaparecidos políticos existentes no país, tendo nos papéis destes desaparecidos atores como Fernanda Montenegro, Mauro Mendonça, Osmar Prado, José Mayer e Glória Pires.

Na Espanha, o movimento quer mostrar à sociedade a perseguição sofrida por vítimas da Guerra Civil Espanhola e do franquismo. Para tanto, Pedro Almodóvar e Javier Bardem atacam a falta de impunidade e o esquecimento dos crimes da ditadura.

Importante: o uso da ideia foi autorizado pela agência e a campanha espanhola foi apoiada pela OAB do Brasil. Não se trata daquelas "meras coincidências" que acontecem por aí. Ponto para a publicidade brasileira!

Veja as campanhas:


 
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